Capítulo VII - Primeiros Passos com Fitas Magnéticas 1

Introdução

Pode-se dizer que as fitas magnéticas são as mídias mais utilizadas para realização de backup no mundo. Possuem um custo por Gb razoável, boa velocidade de gravação, capacidade de várias regravações, grande capacidade de armazenamento, além de durabilidade.

Já os discos rígidos, hoje em dia, estão com um custo por Gb cada vez mais baratos – mostrando que o fim das fitas magnéticas pode estar próximo. Os HD permitem que sejam utilizados como “fitas virtuais” (tape virtualization), ou seja, seccionando-os em volumes, o que permite a aplicação de esquemas de backup como o GFS e eliminando qualquer necessidade de troca de mídias (seja manual ou automática, como ocorre com as fitas). Em termos de performance e capacidade, os HD também demonstram ser uma solução muito viável, apesar de que pode não possuir a mesma confiabilidade das fitas. Particularmente – adoro trabalhar com backups em disco-rigído.

Entretanto, no cotidiano, temos de trabalhar com qualquer ambiente de hardware. Justamente por isso, seguimos com este capítulo dedicado à manipulação de drives fitas magnética e robôs-de-fitas.

Os dispositivos de Fita-Magnética

No Linux, a maioria dos dispositvos (drives e robôs-de-fita) são reconhecidos pelos drivers genéricos (nativamente instalados no SO).

Drives de fita: podem ser /dev/nst* (rebobinável) ou /dev/st* (não rebobinável)

Robôs-de-fitas (autochangers, autoloaders, tape libraries, etc.): devem ser: /dev/sg*, ou /dev/changer.

Obs.: Caso seu robô esteja sendo detctado como /dev/sg*, o número substituído pelo * pode variar a cada reboot do servidor. Por isso, é aconselhável criar uma regra no “udev”, estabelendo um “alias” para seu dispositivo, que pode ser /dev/changer.

No Windows,

Operações com Fitas Magnéticas

mt

O mt é um aplicativo para Linux, que o Bacula leva consigo para o Windows quando instalado (c:Arquivos de ProgramasBaculabin), e permite que sejam feitas diversas operações com fitas magnéticas (rebobinar, posicionar em detrminado bloco, apagar, etc.).

Entretanto, os drives de fita moderno fazem com que algumas dessas operações não tenham efeito prático, na medida que sempre rebobinam as fitas antes de qualquer acesso.

Portanto vamos, apenas, dar três exemplos úteis de uso do mt (supondo que seu dispositivo seja /dev/nst0):

mt -f /dev/nst0 rewind ———–> para rebobinar a fita

mt -f /dev/nst0 eof ———–> para apagar rapidamente / reciclar a fita

mt -f /dev/nst0 erase ———–> para apagar literalmente a fita (processo lento).

São comandos que são utilizados muito raramente, apenas quando você quer re-utilizar uma fita já gravada por outros programas de backup.

Para reciclar fitas gravadas pelo Bacula, pasta “purgar” o volume (comando purge) ou, se quiser mudar o nome do volume, dar um comando “relabel” (desde que o label atual esteja no catálogo).

Mais a frente, haverá um capítulo dedicado a reciclagem de volumes no bacula.

mtx-changer

Este script é instalado junto com o Bacula (director), tanto no Linux (/etc/bacula) quanto no Windows.

Geralmente, o “Bacula” utiliza-o de maneira automatizada – sem nenhuma necessidade de intervenção humana. Entretanto é bom conhecermos esta ferramenta, pois ela pode ser útil em casos de contingência.

Ele é responsável por manipular robôs de fitas (carregar, descarregar, listar, etc.), funcionando bem com a maioria dos dispositivos do mercado.

Entretanto, alguns robôs precisam de configurações específicas para que sejam evitados erros de operação nos volumes.

Na versão 2.4*, o mtx-changer possibilita que sejam configuradas duas variáveis (offline_sleep e load_sleep), que deve corrigir eventuais problemas ligados ao uso deste script pelo “Bacula”:

offline_sleep=60

load_sleep=60

Comandos:

O mtx-changer possui a seguinte sintaxe:

mtx-changer <command> <devicename of tapedrive> [slot]

Onde “command” pode ser:

unload – ejeta (descarrega) a fita que pertence ao “slot” (gaveta) informado, para dentro do “slot”.

load <slot> – carrega (insere) a fita em um drive, identificando-a a partir do “slot”.

list – lista o conteúdo de todos os slots.

loaded – fornece o “slot” da fita que está carregada no drive – 0 significa que o drive está vazio.

slots – fornece o número de “slots” disponíveis.

volumes – lista os “slots” e volumes disponíveis


Exemplo:

mtx-changer load /dev/nst0 1 [loads a tape from slot1]

Disponível em: pt-brPortuguês

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